Quis custodiet ipsos custodes? Quando entram em greve aqueles que as devem coibir: linhas introdutórias sobre a “greve branca” da polícia militar do espírito santo

Autores

  • Guilherme Dall'Orto Rocha PGCS - UFES

Resumo

Entre 03 de fevereiro e 25 de fevereiro de 2017, mulheres e familiares dos policiais militares do Espírito Santo realizaram bloqueios nos Batalhões da Polícia Militar de diversas cidades do estado, pleiteando, em especial, reconhecimento da posição da categoria e implementação de medidas pelo Estado para aprimoramento de direitos trabalhistas. O evento levou ao caos na segurança pública do Espírito Santo, sendo tratado por seus opositores como uma mobilização grevista, uma “greve branca” da Polícia Militar, tipicamente impedida constitucionalmente deste tipo de movimento. O presente artigo traz apontamentos iniciais de pesquisa em andamento que busca a análise do evento a partir das categorias pertinentes cabíveis aos estudos de confrontos políticos, examinando-o em seu contexto histórico-social e a partir da mobilização, formação de identidade, desenvolvimento de repertório de conflito e desmobilização. Neste artigo, apresenta-se resumo do cenário geral do confronto, bem como se indicam direcionamentos bibliográficos e metodológicos que vêm sendo tomados. O objetivo final da pesquisa que ainda está sendo realizada é o estudo das estratégias racionais aplicadas tanto pelos reivindicantes quanto pelos respondentes governamentais, visando ainda descrever a mobilização e enquadrá-la, sob o enfoque comparado, em relação a outros eventos de confronto semelhantes.

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Edição

Seção

Instituições, participação e políticas públicas