CONSTRUÇÕES PSEUDOCLIVADAS EM RUSSO E EM PORTUGUÊS: UMA ANÁLISE CONSTRUCIONISTA
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise contrastiva de construções pseudoclivadas do russo e do português em uma perspectiva construcionista (cf. LANGACKER, 1987; GOLDBERG, 1995, 2006; CROFT 2001; BYBEE, 2010; DIESSEL, 2015). Comparam-se os nós de construções pseudoclivadas do português e do russo na rede construcional, principalmente no que diz respeito à propriedade de inversão de constituintes da construção. Em português verifica-se que essa propriedade é aceitável, o que se observa a partir da existência, além das assim chamadas pseudoclivadas clássicas ou canônicas, de construções pseudoclivadas invertidas e extrapostas. Em russo, a inversão é inaceitável, de modo que só a construção pseudoclivada clássica é permitida. Uma análise contrastiva, baseada na noção de domínio potencial de foco (cf. LAMBRECHT, 1994; VAN VALIN, 1999), permitiu depreender que o russo possui domínio de foco mais rígido do que o português, o que torna inaceitáveis construções pseudoclivadas cujo domínio de foco ocorra em posição inicial em língua russa.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O autor de submissão à Revista (Con)Textos Linguísticos cede os direitos autorais à editora da revista (Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFES), caso a submissão seja aceita para publicação. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. É proibida a submissão integral ou parcial do texto já publicado na revista a qualquer outro periódico.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.