FACETAS IDEOLOGICAS DAS ESCOLHAS LEXICAIS: A NÃO NEUTRALIDADE DA LINGUA EM USO
Resumo
Este artigo aborda as facetas ideológicas das escolhas lexicais e objetiva contribuir para a discussão acerca da relação estreita entre língua e ideologia e defender a inclusão nas aulas de português de discussões acerca dessas facetas ideológicas. A primeira seção discute a não neutralidade da língua em uso e a necessidade da adoção de uma concepção de língua apropriada para a prática pedagógica. A segunda seção defende o estatuto teórico do significado lexical literal embora o radicalismo dos teóricos pós-estruturalista pareça ter arrefecido nos últimos anos. A última seção traz a análise de três pares de palavras para ilustrar a imbricação entre ideologia e vocabulário. Para a discussão, são convocadas as vozes de Oswald Ducrot, Umberto Eco, Stanley Fish, Terry Eagleton, Jonathan Culler, Domenico Losurdo, Eliane Vasconcellos Leitão, Tzvetan Todorov e Teun Van Dijk, dentre outras. A análise mostra que as escolhas lexicais podem ser feitas de modo a construir discursos que favorecem determinadas narrativas.Downloads
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