Imagem Cênica, Tragédia e História: Uma reflexão sobre a cenografia de tragédias gregas na cena brasileira contemporânea

Autores

  • Gilson Moraes Motta EBA-UFRJ

Resumo

O texto aborda o processo de revivificação da tragédia grega, ocorrido na cena mundial a partir do final da década de 1960. Este processo é observado na cena brasileira, em diversos espetáculos teatrais, de modo a revelar, por um lado, o papel fundamental da cenografia no sentido de formalizar o conceito de tragédia  e, por outro, o sentido que o conceito de trágico adquire na cultura pós-moderna.

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Biografia do Autor

Gilson Moraes Motta, EBA-UFRJ

Artista cênico, cenógrafo, Performer. Pesquisador de Artes Cênicas nas áreas de estética teatral, teatro brasileiro, cenografia, teatro de formas animadas. Possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1989), Mestrado em Filosofia (1995) e Doutorado em Filosofia (2000) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Professor Associado da UFRJ - Escola de Belas Artes, com atuação nas áreas de Estética Teatral, Dramaturgia e Teatro de Formas Animadas. Coordenador do Laboratório Objetos Performáticos de Teatro de Animação da UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena, da Escola de Comunicação da UFRJ. Desde 2003, desenvolve pesquisa sobre a encenação de tragédias gregas na cena brasileira contemporânea. Autor do livro O espaço da tragédia, lançado pela Editora Perspectiva em 2011 e de vários artigos sobre artes cênicas publicados em periódicos diversos. Atuou como cenógrafo, figurinista em diversos espetáculos e como diretor teatral. Entre 2009 e 2013, atuou no Coletivo de Performance Heróis do Cotidiano. Atualmente desenvolve pesquisa artística com a linguagem do teatro de formas animadas em espaços cênicos não convencionais e em espaços públicos no Laboratório Objetos Performáticos.

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Publicado

24-06-2015

Como Citar

Motta, G. M. (2015). Imagem Cênica, Tragédia e História: Uma reflexão sobre a cenografia de tragédias gregas na cena brasileira contemporânea. Revista Do Colóquio, 5(8), 83–104. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/9908